Afectos e intersticios. David Vilaseca y la autobiografía errática

Abstract

La obra autobiográfica de David Vilaseca, publicada en 2017 y adaptada para la escena en 2022, problematiza las divisiones binarias entre verdad y ficción, éxito y fracaso, así como varias iteraciones de la dinámica entre vergüenzas y orgullos. Mediante el análisis de algunos momentos destacables de la obra de Vilaseca, este ensayo lanza una mirada sobre varios de los debates prevalentes entre los estudiosos de lo queer en los últimos años, como la exploración de las tensiones alrededor de la idea de “vergüenza” o la evaluación crítica tanto del llamado giro antisocial como de la visión utópica de las epistemologías antinormativas. Además, se pretende reivindicar a David Vilaseca, figura pionera en la introducción de las Teorías Queer en los estudios ibéricos y la catalanís-tica y autor de una obra literaria monumental que se mueve en los resquicios entre la autobiografía y la ficción.

David Vilaseca’s autobiographical work, published in 2017 and adapted for the stage in 2022, problematizes the binary divisions between truth and fiction, success and failure, as well as some iterations within de dynamics between shame and pride. Through the analysis of some pertinent moments in Vilaseca’s work, this essay addresses several prevalent debates within Queer Studies in the last years, such as the explorations of the tensions around the notion of “shame” or the critical evaluation of the antisocial turn as well as the utopian vision within non-normative epistemologies. Furthermore, these pages aim to serve as a tribute of David Vilaseca, pioneer figure in the introduction of Queer Theories in Iberian (and Catalan) studies, and author of a monumental literary work that moves amidst the crevices of autobiography and fiction.

A obra autobiográfica de David Vilaseca, publicada em 2017 e adaptada ao teatro em 2022, problematiza as divisões binárias entre verdade e ficção, sucesso e fracasso, além de diversas iterações da dinâmica entre vergonha e orgulho. Por meio de uma análise de alguns momentos notáveis da obra de Vilaseca, este ensaio lança um olhar sobre vários dos debates prevalentes entre estudiosos queer nos últimos anos, como sejam a exploração das tensões em torno da ideia de “vergonha” ou a avaliação crítica tanto da chamada virada antissocial quanto da visão utópica das epistemologias anti-normativas. Além disso, pretende resgatar-se a figura de David Vilaseca, pioneiro na introdução das Teorias Queer nos estudos ibéricos e catalães e autor de uma obra literária monumental que se move nas brechas entre a autobiografia e a ficção.