Cómo filmar juntos. Transtemporalidades y variaciones de lo extenso en el cine de Llinás y Campusano

Abstract

El artículo se propone investigar la problemática de la larga duración en el cine argentino contemporáneo a partir de los casos de La flor (Mariano Llinás, 2018) y Fantasmas de la ruta (José Celestino Campusano, 2013). Se trata de dos films particular-mente largos, en los que la extensión, en tanto principio creativo, se articula con estra-tegias productivas, búsquedas formales y construcciones espaciales novedosas. Una pri-mera dimensión de esta extensión está determinada por el tiempo productivo. En ambas obras la duración de los procesos creativos se vincula con la gestación de comunidades cinematográficas de largo aliento que se apartan de los mecanismos de financiamiento, producción y exhibición convencionales. Por otro lado, en las dos películas los argumen-tos se cruzan y se disparan, recomponiendo géneros y estructuras narrativas, como si la longitud de tiempo conquistada se transformara en un laboratorio de argumentos que reinventan las pautas de verosimilitud y multiplican las posibilidades de la ficción. Final-mente, en ambas producciones opera un impulso expansivo que articula extensiones temporales y espaciales, de modo tal que la proyección cartográfica de estas ficciones delarga duración descubre diversas utopías transtemporales, que a su vez se corresponden con diferentes comunidades cinematográficas y formas de narrar la extensión.

The article aims to investigate the problem of long duration in contem-porary Argentinean cinema, based on the cases of La flor (Mariano Llinás, 2018) and Fantasmas de la ruta (José Celestino Campusano, 2013). These are two particularly long films, in which extension, as a creative principle, is articulated with productive strategies, formal endeavors and new spatial constructions. A first dimension of this extension is determined by the productive time. In both works, the duration of the creative proc-esses is linked to the development of long-lasting film communities that depart from conventional funding, production and exhibition procedures. On the other hand, both films intertwine different plots, recomposing genres and narrative structures, as if the length of time became a laboratory of plots that reinvent patterns of verisimilitude and multiply the possibilities of fiction. Finally, there is an expansive impulse that articulates temporal and spatial extensions in both productions, in such a way that the cartographic projection of these long-lasting fictions discovers diverse transtemporal utopias, which in turn correspond to different cinematographic communities and ways of narrating the extension

O artigo tem como objetivo investigar o problema de longa duração no cine-maargentino contemporâneo a partir dos casos de La flor (Mariano Llinás, 2018) e Fan-tasmas de la ruta (José Celestino Campusano, 2013). São dois filmes particularmente lon-gos, nos quais a extensão, como princípio criativo, se articula com estratégias produtivas, buscas formais e novas construções espaciais. Uma primeira dimensão desta extensão é determinada pelo tempo produtivo. Em ambas as obras, a duração dos processos criativos está ligada à gestação de comunidades cinematográficas de longa duração que se afastam dos mecanismos convencionais de financiamento, produção e exibição. Por outro lado, nos dois filmes as tramas se cruzam e voam, recompondo gêneros e estru-turas narrativas, como se o tempo conquistado se transformasse em um laboratório de tramas que reinventam os padrões de verossimilhança e multiplicam as possibilidades da ficção. Por fim, em ambas as produções opera um impulso expansivo que articula exten-sões temporais e espaciais, de tal forma que a projeção cartográfica dessas ficções de longa duração descobre várias utopias transtemporais, que por sua vez correspondem a diferentes comunidades cinematográficas e modos de narrar a extensão