El vegetarianismo en la prensa anarquista rioplatense

Abstract

Este artículo rastrea y analiza la presencia del vegetarianismo en la prensa anarquista rioplatense a lo largo de las tres primeras décadas del siglo XX. A través de la revisión de fuentes periódicas y otros documentos impresos editados en Buenos Aires y Montevideo entre 1900 y 1930, se sostiene la hipótesis de que, en los periódicos libertarios, el vegetarianismo fue interpretado desde dos perspectivas heterogéneas, de las cuales se desprendían, a su vez, dos estrategias de difusión distintas. Por un lado, fue promovido al interior de una ética antimilitarista, la cual comprendía que la abstención del consumo de carne comportaba unhábito de conducta sobre el cual descansaba la esperanza de un mundo sin conflictos armados. Luego, fue promovido también como parte de una dietética naturista, según la cual el sostenimiento de un régimen vegetariano era una prescripción de carácter fisiológico esencial para el alcance de una vida saludable.

This article tracks and analyzes the presence of vegetarianism in the Río de la Plata anarchist press throughout the first three decades of the 20th century. Through the review of periodical sources and other printed documents published in Buenos Aires andMontevideo between 1900 and 1930, the hypothesis maintained is that, in the anarchist newspapers, vegetarianism was understood from two heterogeneous perspectives, from which emerged two different diffusion strategies. On the one hand, it was promoted as an antimilitarist ethic, which understood that abstaining from meat consumption implied a habit of conduct on which rested the hope of a world without armed conflicts. Later, it was also promoted as part of a naturopathic diet, according to which the maintenance of a vegetarian diet was a physiological prescription essential for achieving a healthy life. Finally, based on the recovery of different debates raised within the anarchist press due to the presence in it of vegetarian propaganda, it investigates the discomfort that the latter generated and the difficulties it had to overcome to find a place in the anarchist militancy

Este artigo rastreia e analisa a presença do vegetarianismo na imprensa anarquista do Rio da Prata ao longo das três primeiras décadas do século XX. Através da revisão de fontes periódicas e outros documentos impressos publicados em Buenos Aires e Montevidéu entre 1900 e 1930, sustenta-se a hipótese de que, nos jornais libertários, o vegetarianismo era compreendido a partir de duas perspectivas heterogêneas, das quais emergiram, por sua vez, duas formas de divulgação distintas. estratégias. Por um lado, foipromovido dentro de uma ética antimilitarista, que entendia que a abstinência do consumo de carne implicava um hábito de conduta sobre o qual repousava a esperança de um mundo sem conflitos armados. Mais tarde, foi promovida também como parte de uma dieta dietética naturista, segundo a qual a manutenção de uma dieta vegetariana era uma prescrição fisiológica essencial para a obtenção de uma vida saudável. Finalmente, a partir da recuperação de diferentes debates provocados na imprensa anarquista pela presença nela da propaganda vegetariana, investigam-se os inconvenientes que esta gerou e as dificuldades que teve de superar paraconquistar um lugar na militância anarquista