Micropolíticas de la vida digna en territorios arrasados en la norpatagonia, Río Negro, Argentina

Abstract

Este trabajo analítico se sitúa en lo que denominamos ‘territorios arrasados’. Buscamos producir saberes en relación con los procesos de subjetivación que imponen los regímenes de despojo (expropiatorios, extractivistas, otros) como tipo específico de ‘máquina social’ que otorga “reconocibilidad” a determinadas formas de vida. Nos importa conocer las definiciones de ‘vida digna’ que emergen de la experiencia territorial disidente a dichos ordenamientos, que disputa la dis-tribución diferencial de la precariedad propia del marco extractivo hegemónico. Nos centramos en experiencias situadas en dos casos de territorios extractivos arrasados por la grilla del modelo hidrocarburífero no convencional (Allen) y terri-torios de la línea Sur rionegrina vinculados principalmente a la producción ovina (Sierra Colorada y Jacobacci), cuyo ordenamiento colonial persiste y profundiza sus impactos en las tramas comunitarias. Señalamos algunos marcajes territoria-les que dan cuenta del devenir del ordenamiento y presentamos experiencias de singularización disidentes, como prácticas colectivas de producción de lo común y definiciones de vida digna (habitabilidad) que se van construyendo frente a ordenamientos de crisis, que invierten la relación entre norma y excepción

This analytical work is located in the so called ‘devastated territories’. We aim at producing knowledge in relation to the subjectivation processes imposed by dispossession regimes (confiscatory, extractivist, others) as a specific type of ‘social machine’ that grants “recognition” to certain forms of life. It is important for us to know the definitions of ‘dignified life’ that emerge from the dissident territorial experience of said systems, which disputes the differential distribu-tion of precariousness typical of the hegemonic extractive framework. We focus on experiences located in two cases of extractive territories devastated by the grid of the non-conventional hydrocarbon model (Allen) and territories of the Southern Rio Negro line linked mainly to sheep production (Sierra Colorada and Jacobacci), whose colonial order persists and deepens its impacts on commu-nity networks. We point out some territorial markings that account for the future of the system and we present experiences of dissident singularization, such as collective practices of production of the common and definitions of decent life (inhabitability) that are being built in the face of crisis systems that reverse the relationship between norm and exception.

Este trabalho analítico está situado no que chamamos de ‘territórios arrasados’. Buscamos produzir conhecimento em relação aos processos de subjetivação impostos pelos regimes de expropriação (expropriatórios, extrativistas, outros) como um tipo específico de ‘máquina social’ que confere “reconhecimento” a certas formas de vida. É importante conhecermos as definições de ‘vida digna’ que emergem da experiência territorial dissidente desses sistemas, que disputa a distribuição diferencial da precariedade típica do quadro extrativista hege-mônico. Focalizamos experiências localizadas em dois casos de territórios ex-trativistas devastados pela malha do modelo hidrocarboneto não convencional (Allen) e territórios da linha sul de Rio Negro ligados principalmente à produção de ovinos (Serra Colorada e Jacobacci), cuja ordem colonial persiste e apro-funda seus impactos nas redes comunitárias. Apontamos algumas marcações territoriais que dão conta do futuro do sistema e apresentamos experiências de singularização dissidente, como práticas coletivas de produção do comum e definições de vida digna (habitabilidade) que vão se construindo diante de sistemas de crise, que invertem a relação entre norma e exceção